Como uma vida muito pequena.
Eu acreditei que fui criada para viver coisas extraordinária e excitantes o tempo inteiro e que eu sou essa pessoa.
Eu criei minha oportunidades de viver coisas diferentes, coisas que consideraria uma vida grande e excitante.
Mas ao longo do tempo também eu entendi que rotina, tranquilidade e paz são coisas muito preciosas.
A disciplina é preciosa.
A disciplina me ajudou a ver beleza na minha rotina.
A disciplina me fez entender que não existe vida pequena. Que a minha visão era completamente arrogante sobre tudo que eu vivo e conquistei.
Isso me prejudicou muito a ser grata por tudo que eu vivo.
Eu percebo que depois que voltei de viagem eu passei a ver a rotina de uma outra forma. Enxergar e lidar com as coisas de um jeito mais leve e mais grato pela minha vida e o que ela pode me proporcionar.
Eu neguei uma oportunidade de trabalho muito boa para morar numa outra capital do Brasil.
Eu tive muito pouco tempo pra entender o que de fato eu queria.
Eu sufoquei em mim mesma, eu me perdi sobre o que importava naquilo. Eu tentei ser racional e, na verdade, pensar na minha disciplina, na disciplina que comecei a construir, me fez querer ficar e manter isso por mim.
Eu ainda não sei do que me arrependo sobre todo esse episódio, mas eu senti muito alívio por decidir ficar. Eu me senti muito grata e feliz por ter uma rede de amigos, eu me senti amada por pessoas que não são família de sangue. Eu senti apoio e amor.
E não há nada de errado em querer viver perto da minha rede de apoio. Eu gosto de me sentir amada e amo a minha disciplina.
Isso não é uma vida pequena, essa é a minha vida e agora eu valorizo isso.
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