sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Jess, not Jazz

Vou tentar falar sobre mim, sem envolver grandes sentimentos, só análises de minhas posturas diante da vida. Eu consigo ver crescimento e muita maturidade. Eu amo demais a mulher que sou hoje. Nesse exato momento, eu sou grata por todas as experiências que me fazem ser o que eu sou agora. Eu to sozinha em outra cidade. Sem regalias, sem muito dinheiro, sem muitos amigos, sem muitos rolês. Eu to sem terapia, sem um acompanhamento profissional e eu não desisti de tudo. Eu consegui uma coisa que pensava desde antes de vir pra cá: um emprego num café fofo. Eu to estudando numa universidade muito boa que vai ser incrível pro meu currículo. Eu desisti de uma matéria, mas não vi isso como fraqueza, só como autoconhecimento de que agora não é o melhor momento pra isso. Eu falei com meus pais sobre essa matéria e não houve julgamento e briga da parte deles. Eles têm se mostrado muito parceiros e lutando pra caralho pra me oferecer tudo isso aqui. Eu não tenho como me deixar entristecer por muito tempo. Depois do ocorrido, eu só tenho recebido mais e mais apoio de pessoas que eu achava que não estavam nem ai. Eu tenho me aproximado de amigos antigos que se mostram muito presentes. Aqui, eu tô me aproximando de Lucas. Estar e falar com ele me deixa bem animada, ele é muito legal e quer me ajudar com tudo que preciso. Tem um menino da minha turma que está falando comigo e ele aparenta querer me conhecer, quer saber sobre a mobilidade e todas essas outras coisas que as pessoas se mostram interessadas quando querem te pegar (?). Daniel é um corpo morto na minha vida. Encontrei ele na terça e tive muita preguiça de falar. Ele pegou na minha mão pra me cumprimentar. Ele cortou o cabelo, tá bem esquisito. Menino estranho. Ainda não consigo dormir tanto quanto eu gostaria, mas pelo menos não acordo chorando mais. Eu tô voltando a comer bem. O café não tem mais me deixado tão cansada. As dores nas costas não existem mais. Meu chefe tem se aproximado de mim, mas acho ele um tanto quanto arrogante e eu discordo de tudo que ele fica me falando e não aceito bronca de graça. Eu hoje sou a pessoa que eu sempre admirei. A pessoa que sempre quis ser. Decidida, que faz o que quer, na hora que quer e que tem força pra tudo isso. Força pra ficar, força pra ir e pra mudar tudo de lugar. Força. Eu amo a minha força. Eu amo ser quem eu sou. Além de estar me achando mais linda que nunca. Nunca amei tanto meu corpo, meu cabelo, minha pele, meu estilo, minhas roupas, meu jeitinho rabugento, minha organização, minha metodicidade, meu estresse, meus choros sem cabimento, meu jeito de lidar com dores, meu jeito de falar com as pessoas. Eu amo cada mínimo pedaço meu e da minha personalidade. 
Eu amo muito a Jessica de 22 anos e espero nunca esquecer dessa fase da minha vida.

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