domingo, 26 de julho de 2020

26/07

Meus pais vão se mudar, novamente.
Eu tenho 24 anos.
Eu estou perto de concluir o meu curso.
Eu tenho um negocio promissor com as tortinhas.
Eu quero sair da casa dos meus pais.
Eu realmente não queria me mudar com eles.
Eu queria começar a morar com minha tia.
Juntar grana com as tortinhas.
e conseguir minha canto.
A casinha é muito legal, mas pra um casal
com no máximo 1 filho
por que só tem 2 quartos
meu pai não quer de nenhum jeito
que eu divida quarto com miguel
mas ele também reclama que eu disse que quero
sair de casa.
vou conversar com tia amanhã sobre isso
e perguntar e teria como eu continuar com ela
pelo menos até o fim do ano
e conforme eu vá consolidando as coisas da torta
esse mês de distanciamento das redes
eu quero muito focar em quais passos dar daqui pra frente
eu quero muito ajudar minha tia
meus pais
e conseguir transformar as tortinhas num meio de juntar grana
e ter meu cantinho
fazer minha tortinhas em paz

eu vou conseguir organizar tudo isso próximo ano
vou conseguir minha casinha, mesmo dividindo com tia
e eventualmente dividir casa com nath ou gui, ou os dois.
vai dar tudo certo.
sinto que isso tudo vai acontecer proximo ano

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Inhame

O aniversário é meu, mas eu realmente não encontrei muito sentido em gastar dinheiro com algo apenas pra mim. Eu juro que pensei em lookinhos, ou coisas pro corpo e rosto que poderia comprar pra mim, mas essa quarentena me fez pensar, mais uma vez, que não fazia sentido continuar seguindo o mesmo fluxo de consumo. Até por que meus recursos são finitos e eu estou me sentindo tão tranquila e plena com o mínimo (mínimo de contato, mínimo de comida, mínimo de roupa, mínimo de gasto) que nem eu sei o que queria ganhar de presente. Eu sei que realmente gostaria de passar meu aniversário grudada em você e meus amigos e cozinhar pra vocês e ficar bêbada e cantar alto e essas coisas todas que estamos com saudade, mas foi rápido só aceitar que isso não rolaria. Assim como é rápido (não tãao rápido) entender tantas doideras da nossa pequenez humana quando converso com você. Sua tranquilidade e lucidez me passam uma segurança gostosinha que confirmam o quanto é bom ter você pra compartilhar essas fases da minha vida. É assustador (às vezes tranquilizante) se dar conta que nós somos apenas uma poeirinha de nada no deserto gigante do universo, e que conhecer pessoas, construir e lutar por relações saudáveis, nos faz perceber que o amor é a coisa mais grandiosa que podemos nutrir em vida. Tanto por nós mesmos, quanto pelos outros e pelas coisas que fazemos. Eu me sinto muito abençoada por sentir e viver tudo que vivemos. Eu amo você e amo tudo o que acontece comigo em todo esse tempo juntos. Eu acredito de verdade que você está namorando a melhor versão de mim, mas espero amadurecer muito mais e ter você me acompanhando nessas viagens profundas e aleatórias. Você é a pessoa mais gentil, humilde e prestativa que eu conheço. Sua forma de amar é tão acolhedora e presente, que eu só consigo agradecer por me querer como companheirinha. Muito obrigada por me por me ouvir, por me aceitar e respeitar como eu sou, por me ajudar e querer me ver feliz. Seu coração é gigante e se eu pudesse gritar OBRIGADA pro universo inteiro ouvir, o Carl Sagan ficaria tão impressionado que voltaria a viver só pra escrever outro livro. 
  
Eu te amo <3
Jess 28/06/2020

15/06/2020

Oi, Jess! Tudo bem?
Tem algum tempo que eu ando angustiado, e queria te mandar esse e-mail desabafando algumas coisas.
Eu nunca fui muito bom em organizar essas coisas em textos coesos, então peço desculpas antecipadamente por qualquer deslize de roteiro por aqui kk.

        Então, o que tem me angustiado desde sempre é a culpa. Sou refém dela desde muito tempo.
Nunca na minha vida eu pensei num cenário onde os meus conflitos internos fossem magoar, machucar ou interferir de forma negativa no psicológico de outra pessoa, ainda mais de uma pessoa que eu tenho tanto carinho. Chegou um momento em que as coisas ficaram confusas demais pra mim, e era muito mais fácil desistir. Eu, egoísta que fui, debilmente o fiz. E em todo esse tempo, entre o fim e agora, pensei e processei grande parte das minhas atitudes. Fui até os limites da minha saúde mental, e às vezes até ultrapassei, procurando respostas pra isso, pra toda essa culpa. A verdade é que me faltaram as seguintes coisas: maturidade, inteligência emocional e paciência. Com toda certeza me faltou mais que isso, mas de alguma forma deve se ligar à uma dessas 3.
Perdão. De coração.
        A minha intenção não é vir aqui pedir desculpa pra você ler e dizer “tá de boa, gab.”ou ˜eu te perdoo”. Minha vontade era vir aqui desabafar mesmo, tá? Eu sei que você já processou isso de várias formas, e nem sei se o que eu to fazendo aqui vai te prejudicar de alguma forma, mas sei lá, acho que a gente precisa conversar sobre isso.
        Queria dizer também que to feliz por você. Acabo tendo notícias suas de rebote pela minha mãe e pelos outros de vez em quando. Você é com toda certeza uma das pessoas mais incríveis que eu conheci na minha vida, te admiro em tudo que faz, de verdade! Você merece cada pedaço de alegria que encontra na sua caminhada e muito mais (Foda, parece aqueles feliz aniversário de tia, mas é verdade).
        Enfim, Jess, espero que esteja tudo bem. Eu na real queria te dar um abração e dizer desculpa mais uma vez, mas acho que você entendeu isso já. Aprendi muito com isso tudo, e tenho aprendido.
Obrigado por tudo. Sou muito grato por ter te conhecido e de ter estado ao seu lado. Guardo as coisas boas com carinho.
Xeros

Gabriel
(Yeee parece uma carta kkk)